Nacional 2 com Alma

DIA 1 (8 de Setembro )

Chaves

• Começa a nossa aventura. É em chaves que começa o Km 0 deste nosso percurso, mas como gostamos de fazer as coisas de uma forma muito própria, com a nossa assinatura, decidimos começar um pouco antes, no KM (menos) – 27.
• Existem uma série de locais imperdíveis nesta região como é o caso do “Boticas Parque – Natureza e Biodiversidade” atravessado pelo rio Beça, e que apresenta uma vasta mata ripícola, entre uma área que, apesar da sua evolução natural, necessitou de uma recuperação, com regeneração do coberto vegetal natural, sobretudo carvalhais e das formações arbustivas/matos. A área encontra-se preservada, garantindo o seu valor natural e paisagístico, com especial cuidado na protecção dos habitats com enorme valor natural (florísticos, faunísticos e fungos).

DIA 2 (9 de Setembro )

Chaves – Alto Douro Vinhateiro

• Aqui começa de verdade a nossa Rota pela Estrada Nacional 2.
• A partir do km 0, seguiremos pela espinha dorsal do país em direcção ao Alto Douro Vinhateiro, com algumas paragens durante o percurso como por exemplo Vidago e o seu majestoso Vidago Palace Hotel e as famosas águas Campilho desta região. Segue-se Pedras Salgadas também famosa pelas suas águas termais e gaseificadas, Vila Pouca de Aguiar e Vilarinho de Samardã, Vila Real, capital da província de Trás-os-Montes. Muitas coisas se poderiam fazer em cada local que passamos. Aqui reservamos uma saída para visitar o esplêndido Palácio de Mateus, um solar construído no séc.XVIII, que se destaca como um dos mais belos exemplares do período barroco em Portugal. Daqui partimos em direcção à Régua, a região demarcada mais antiga do mundo.
• Pernoitaremos no Coração do Alto Douro Vinhateiro, um pouco mais afastado da nossa rota. Um desvio que vale mesmo a pena, pois vamos a locais onde a histórias permanece mais intocada, onde as vivencias ainda se mostram puras e a massificação do turismo ainda não se faz sentir. Não esquecemos umas das estradas mais belas do mundo, para nós, que vai desde a Régua até ao Pinhão. Muitas surpresas estão reservadas para cada dia.

DIA 3 (10 de Setembro )

Alto Douro Vinhateiro – Viseu

• Voltamos à Régua e à rota, ao Km que tínhamos abandonado no dia anterior. Este regresso acontece de forma inesperada, mas muito prazerosa. O Alto Douro Vinhateiro é para nós um museu em céu aberto. Uma representação da memória, cultura e identidade da região vinhateira – consagrada como Património da Humanidade pela UNESCO como paisagem cultural, evolutiva e viva. Passagem, a pé, pela Ponte Pedonal da Régua que faz a ligação entre os concelhos da Régua e Lamego.
• Seguimos por Lamego, município com uma forte herança cultural, repleto de igrejas, capelas, aldeias históricas e pontes medievais. Visita ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, o ex-libris da cidade, construído no século XVIII no monte de Santo Estevão. Passagem por Castro Daire, Vale da Azia e Termas do Carvalhal em direcção a Viseu.
• Em Viseu não podemos deixar de conhecer a sua zona histórica e as histórias de Viriato, líder do Lusitanos entre 147 e 139 a.C., vencendo diversos exércitos romanos. Ele é o arquétipo da resistência ao invasor, detentor de capacidades excepcionais de liderança, vencido pela traição de seus aliados.

DIA 4 (11 de Setembro )

Viseu – Vila de Rei

• Começamos o dia a esticar o corpo, com uma pequena aula de consciência corporal com a nossa Daniela Ricardo.
• Seguimos viagem até à localidade de Vimieiro, e prosseguimos até ao km 211, onde a Nacional 2 fica parcialmente submersa por alguns quilómetros devido à construção da Barragem da Aguieira. Neste troço é necessário seguir um percurso alternativo (IP3), entre Vimieiro e Penacova, terra de rios e ribeiras, miradouros e penedos, moinhos e azenhas.
• Aqui passaremos por um monumento natural que marca a paisagem das margens do Mondego junto a Penacova, conhecido como Livraria do Mondego. Este é um monumento que o tempo esculpiu ao longo de mais de 400 milhões de anos. Depois de ter recebido o Alva, seu afluente da margem esquerda, o rio Mondego estrangula-se ao atravessar o contraforte de Entre Penedos e surgem as altas assentadas de quartzíticos dispostos quase verticalmente, como se de livros numa estante se tratasse. Esta imagem foi o que deu origem á designação popular de Livraria do Mondego.
• Continuamos viagem passando por Góis e Sertã até Vila de Rei. Aqui visitaremos ao marco com cerca de 20 metros de altura, denominado de “Picoto”, que marca o Centro geodésico do nosso lindo país.
• Estando tão perto de casa, é claro que faremos um desvio para pernoitar na linda Bio-Eco-familiar Casa dos Sonhos. Aqui o jantar será confeccionado  pela nossa chef e teremos como anfitriões os já populares “Hobbits” Vitália e António Baião, conhecidos pela sua vitalidade e hospitalidade

DIA 5 (12 de Setembro )

Vila de Rei – Ferreira do Alentejo

• Saímos em direcção a Abrantes. Faremos uma breve visita, a pé, ao centro histórico. Visita ao Castelo / Fortaleza de Abrantes. Continuamos a viagem para Ponte de Sor, uma das maiores e mais produtivas manchas florestais de sobreiro do planeta. Visita ao seu Centro Cultural, onde é possível admirar o painel de 400 mil rolhas premiado pelo Guiness como o maior mosaico em cortiça do mundo. Continuamos pela Barragem de Montargil, Mora, Ciborro. E é em Ciborro, onde se encontra o marco alusivo ao Km 500 da Estrada Nacional 2. Sendo o seu “registo fotográfico” quase uma obrigação.
• Seguimos por Montemor-o-novo, rumo a Ferreira do Alentejo, o nosso destino de hoje. No percurso encontraremos espaço para fazer um desvio até à autêntica vila de Arraiolos e conhecer um projecto de agricultura biológica Pepe Aromas, em Vale de Pereiro, uma empresa familiar norteada por valores de sustentabilidade e responsabilidade ambiental, preservação da biodiversidade, defesa da saúde e do bem-estar, promoção de um turismo de natureza responsável, valorização de alimentos naturais e biológicos e protecção do nosso património agro-florestal, com uma oferta de produtos únicos e diferenciadores.
• Pernoitaremos em plena planície alentejana, num Monte típico, em Ferreira do Alentejo.

DIA 6 (13 de Setembro )

Ferreira do Alentejo – Aljustrel

• Saímos de Ferreira do Alentejo, rumo a Aljustrel, passando por Ervidel. Do largo fronteiro à Igreja de Ervidel, a paisagem sobre a albufeira do Roxo é a perder de vista e a presença desta enorme e bela massa de água quase nos faz esquecer que nos encontramos em pleno Baixo Alentejo, tradicionalmente de clima quente e seco e de estiagem longa.
• Povoação muito antiga, como Montes Velhos, Ervidel é actualmente indissociável da barragem que abastece o perímetro de rega do Roxo. Desde sempre, foi terra de vinho, azeite e cereais. Aliás, a produção de vinho de todo o concelho tem estado a concentrar-se nesta freguesia. Por isso a paisagem de Ervidel, onde os vinhedos marcam forte presença desde os tempos mais remotos, continua, actualmente, a gozar das extensões de retorcidas cepas das várias castas de uva que fazem os seus afamados vinhos.
• Entre outras, destaque-se a adega Moreira, onde as talhas de barro remontam ao século passado, estando a mais antiga datada de 1843. É nestas talhas que a uva esmagada fermenta, até acontecer o vinho novo, que se prova pelo S. Martinho.
• Chegando a Aljustrel, visita à antiga Central de Compressores, núcleo de arqueologia industrial situado na mina de Algares, que em tempos serviu para transformar a energia utilizada no interior das minas. Destaque para visita ao Centro de Receção e Interpretação do Parque Mineiro de Aljustrel.

DIA 7 (14 de Setembro)

Aljustrel – Faro

• Actualmente, o mais longo troço da N2 original, com uma extensão de cerca de 93 km, liga a vila alentejana de Castro Verde a Faro, passando por Almodôvar, cruzando as serras que separam o Alentejo do Algarve e passando em São Brás de Alportel. Entre as vilas alentejanas de Castro Verde e Almodôvar a N2 tem um traçado rectilíneo, mas depois de Almodôvar a N2 torna-se numa estrada muito sinuosa devido à travessia da Serra do Caldeirão.
• No Km 722 da EN2, palpita o coração da Vila de São Brás de Alportel, uma terra que nasceu e cresceu à beira do caminho, com uma história trilhada a passos de almocreves… vestida a cortiça, inspirada pelo sonho de chegar mais alguém!
• É justamente no coração de São Brás de Alportel, na antiga “Casa de Cantoneiros – 8ª Secção da Conservação das Estradas do Distrito de Faro”, situada em plena EN2, onde a EN2 e a ER270 se encontram, que está a nascer a CASA MEMÓRIA DA EN2. Num pequeno edifício a transbordar da História, este projecto pretende prestar tributo à memória, valorizar o património material e imaterial que este espaço encerra. Neste espaço evocativo das antigas profissões do canteiro e do cantoneiro, ambas muito representativas da história e tradição local, poderemos conhecer, de uma forma acessível e interactiva, um pouco da história da EN2… desde as suas origens, na antepassada “Calçadinha” de origem romana que ainda guarda, por este território, 2 troços visitáveis, até á epopeia da sua construção… e ainda podemos ouvir os canteiros são-brasenses, esculpindo marcos de estrada, à manutenção e a toda sua História de tantas décadas, pode onde passou também a História de um país! Esta é, para nós, uma visita imperdível.
• Seguindo caminho chegaremos a Faro. Visita à alegre, cosmopolita e movimentada cidade, conhecida como capital do Algarve. Passeio, a pé, pelo centro histórico, onde se encontra a Sé Catedral, de arquitectura românico-gótica e decoração interior barroca, com azulejos seiscentistas.
• Terminamos a rota da Nacional 2, mas não terminou a nossa viagem. Ainda temos reservada uma visita à ilha da Culatra, guiada por um amigo local, nascido e criado nesta bela ilha. Pernoitamos no Algarve, num local tranquilo, rodeado de Natureza para integrar tudo o que vivemos.

DIA 8 (15 de Setembro )

Regresso a Casa

• A viagem está a ser maravilhosa, mas é tempo de regressar, com muitas histórias e aventuras para contar e um passaporte cheio de carimbos para mostrar e recordar os locais maravilhosos por onde passamos.
• Até Lisboa continuamos no transporte da Zen family, onde se necessário a viagem continuará de comboio rumo ao Porto.

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